As semelhanças extravasam pelas portas e janelas;
invadem a sala, a cozinha, e o quarto;
esparramam-se pelo quintal e preenchem o sentido…
Pois tal qual o vazio e o cheio,
é ela:
como o vento forte e a calmaria;
a luz e o escuro;
o grito e o silêncio;
o seco e o molhado;
como a ilusão e a realidade;
o tudo e o nada;
a tristeza e a alegria;
a vida e a morte;
o azar e a sorte…
Tal é a minha confiança e a possibilidade de em ti confiar.
Cada uma existe em um lugar, cada lugar no seu espaço.
Embora, assim como as outras coisas, caminhem próximas,
quando eu estou, a confiança não está;
e quando a possibilidade de confiar em ti está, sou eu quem não me encontro mais ali.
E, apesar de toda aquela semelhança, a diferença é que confiança, na melhor das hipóteses, pode voltar a conviver junta da possibilidade de confiar.
Essas coisas, às vezes, mudam.
Mas nunca sozinhas; e jamais por uma só via.
Deve ser algo de com fiança.
* * *
Andreone T. Medrado
Devaneios Filosóficos
[ . . . ]
Use o espaço dos comentários para compartilhar também a sua opinião por aqui! Você já segue o Blog Devaneios Filosóficos? Aproveite e faça essa boa ação, siga o Blog e receba uma notificação sempre que um novo texto for publicado.
Conheça o meu canal no YouTube. #VocêJáParouParaPensar?
Foto da capa: ©Andreone Teles Medrado.