A Beleza pode estar em uma escultura?
Um exemplo de um momento em que houve contemplação do belo, para mim, foi/é a visualização da obra chamada “O Rapto de Proserpina” (Figs. 01, 02 e 04), de Bernini (Fig. 03). Ao visualizar a obra fiquei sem palavras iniciais; foi uma sensação indescritível, não foi prazer, nem desejo de possuir a obra, foi algo sublime. Os detalhes da imagem/escultura são fascinantes. É como se o ato nela retratado (o rapto de Proserpina) ainda estivesse ocorrendo, com vivacidade e movimento, mas apenas em minha mente. Detalhe, não me refiro ao deleite diante o fato determinado histórico, mas sim diante da perfeição em cada detalhe idealizado pelo artista, que fora esculpido em mármore, mas que na verdade parece ser feito de componentes biológicos. É a minha imagem/escultura preferida, principalmente pela vida que – embora enquanto estátua – ela transmite. É bela! Eu vi a beleza nessa escultura!
A escultura está exposta na Galleria Borghese, em Roma, Itália. É uma obra Barroca, criada por Bernini, entre 1621 e 1622, aos 24 anos de idade.
Quem foi Bernini?
“GIAN LORENZO BERNINI nasceu em Nápoles, Reino de Nápoles [Itália], a 07 de Dezembro de 1598; morreu em Roma, Estados do Papa, a 28 de Novembro de 1680. Ele começou a sua vida artística com o pai, Pietro Bernini, um escultor de talento de Florença que foi trabalhar para Roma. O trabalho do jovem foi notado pelo pintor Annibale Carracci, começando desde logo a trabalhar para o papa Paulo V, o que lhe facilitou a sua independência. Influenciado pela escultura Grega e Romana em mármore, que conheceu nas coleções do Vaticano, também conhecia bem a pintura renascentista de princípios do séc. XVI. De facto, o conhecimento da obra de Miguel Ângelo nota-se no seu São Sebastião, de 1617, realizado para o cardeal Barberini, o futuro papa Urbano VIII, que se tornou o patrono mais importante de Bernini”.
(http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernini.html)
Andreone Medrado
(Devaneios Filosóficos)
#VocêJáParouParaPensar?
Crédito das imagens usadas na composição:
Devaneios Filosóficos 