Este texto tem um objetivo bem direto: analisar a música Take me to Church (que em tradução livre para o português significa “Leve-me à igreja”), do cantor Hozier e deixar aqui a minha percepção sobre a letra. Então, vale dizer que não quero afirmar que as minhas palavras refletem aquilo que o cantor pensou quando escreveu essa música, mas digo o que eu entendi sobre ela. Estamos combinados?
Dito isso, vale alguns esclarecimentos muito importantes:
(I) parte dessa análise musical está considerando o que foi mostrado no clipe oficial da música; que serve como forte indício do que possivelmente pensa o cantor (mesmo assim, não é uma garantia disso);
(II) eu considerarei a tradução obtida no site Letras.mus.br, mas pode acontecer de eu fazer adaptações do texto traduzido [que serão comentadas, caso ocorram];
(III) há um outro texto aqui no Blog – chamado “Take me to Church” | Não é apenas uma música – que utiliza dessa mesma composição para abordar o tema da homofobia no Brasil. Ele apresenta dados e reflexões sobre esse assunto e, claro, vale a pena você lê-lo para que seja somada a análise dessa música ao contexto brasileiro no qual ela pode ser inserida – o conhecimento, além de ser seu direito, é poder (já dizia Francis Bacon)!
(IV) por fim, como muitas partes da música se repetem, eu a analisarei por blocos, mas de início deixarei a música completa (traduzida para o português) na sequência como ela é cantada:
LEVE-ME À IGREJA (Hozier)
Minha amada tem humor
Ela é a risadinha no funeral
Sabe que todos desaprovam
Eu deveria tê-la venerado mais cedo
Se os céus alguma vez falaram
Ela seria a última profetisa verdadeira
Cada domingo esta ficando mais sombrio
Um veneno fresco a cada semana
Nós nascemos doentes
Você ouviu eles dizerem
Minha igreja não oferece absolvição
Ela me diz “louve entre quatro paredes”
O único paraíso para onde serei enviado
É quando eu estiver a sós com você
Eu nasci doente, mas amo isto
Me ordene a ficar bem
Amém, amém e amém
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão no santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você poderá afiar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão no santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você poderá afiar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
Se eu sou um pagão dos bons tempos
Minha amante é a luz do Sol
Para manter a Deusa ao meu lado
Ela exige um sacrifício
Para drenar todo o mar, pegar algo brilhante
Algo carnudo para o prato principal
Esse cavalo soberano é bem charmoso
O que você tem no estábulo?
Nós temos muitos fiéis esfomeados
Isso parece saboroso
Isso parece abundante
Esse é um trabalho insaciável
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão no santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você pode amolar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão no santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você poderá afiar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
Sem mestres ou reis quando o ritual começar
Não existe inocência mais doce
do que nosso suave pecado
Na loucura e imundície desta triste cena mundana
Só então eu sou humano, só então eu me torno limpo
Amém, amém e amém
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão
No santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você poderá afiar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão no santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você poderá afiar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
VAMOS À ANÁLISE
Minha amada tem humor
Ela é a risadinha no funeral
Sabe que todos desaprovam
Eu deveria tê-la venerado mais cedo
#VocêJáParouParaPensar em quem seria essa “amada” citada na música? Uma possível especulação pode ser a identidade do sujeito, que muito bem pode representar a orientação sexual da pessoa, a qual, assim como alguém que “sorri num funeral“, também destoa totalmente daquilo pregado socialmente. Claro que, além disso, você poderia suscitar outros tipos de manifestações que sofrem preconceitos na sociedade. Pensar no próprio ato de lutar contra o sistema desigual da nossa sociedade também é uma possibilidade, já que a maioria das pessoas demonstra uma rejeição quase que sedada quando o assunto é reconhecer os problemas pelos quais passamos – desigualdade social, de gênero e cultural.
Todavia, não é isso que me vem à mente sempre que ouço essa música ou quando assisto ao clipe; sem dizer que também não é esse o aspecto o qual a música (e sobretudo o clipe) parece invocar. Assim, a questão da homossexualidade se mostra muito mais pertinente nessa análise, principalmente por dizer que é um comportamento que “todos desaprovam” e que deveria ter sido venerada antes. Logo, percebe-se que possivelmente se escondia um comportamento que foi, então, trazido à superfície e revelado. Uma vez revelado, causa desconforto em quem está por perto. Você já imaginou qual seria a reação de um grupo presente em um funeral caso você começasse a dar risadas ali? A analogia é perfeita!
Se os céus alguma vez falaram
Ela seria a última verdadeira profecia
Cada domingo está ficando mais sombrio
Um veneno fresco a cada semana
Nesse trecho, a crítica ácida e direta é algo marcante. É evidente que o fato de frequentar uma igreja, por exemplo, torna-se cada vez mais torturante quando o seu comportamento é absolutamente desaprovado pelo contexto religioso bíblico. Além de que, para piorar a situação, as pessoas aprenderam a aceitar as verdades bíblicas como imutáveis e incontestáveis – e isso é no mínimo sombrio, torna difícil uma visão da vida como ela deveria ser. Cada palavra dita ao corpo da igreja, e que suscita o preconceito, o ódio e a intolerância são metaforizados com o termo “veneno“; e esse veneno fresco é destilado semanalmente, com doses às vezes pequenas, às vezes cavalares, mas que nunca deixam de ser oferecidas à força aos seus crentes. Isso adoece (quando não mata) – mas com certeza envenena.
Eu nasci doente, mas amo isso
Ordene-me que eu me cure
Esse é um dos melhores trechos dessa música, pois traz à tona algo muito recorrente e, digamos assim, recentíssimo em nossa doente sociedade mundial. O discurso de que nascemos doentes por apresentarmos uma orientação/identidade sexual diferente da heteronormativa é muito clássico; pessoas propõem a Cura Gay, com direito a consultas psicológicas e psiquiátricas, como se isso fosse “curar” alguém de alguma doença. Mas é mais do que óbvio que não se cura quem não está doente!
Em uma sociedade que ainda acredita que as abominações do livro de Levítico e Deuteronômios fazem sentido, qualquer comportamento diferente daquele proposto de forma mesquinha e ciumenta por um Deus rabugento e arrogante é logo chamado de contaminante e doentio; e, por isso, deve ser extirpado o quanto antes [dizem]. Esse trecho da música deixa claro que há uma tentativa de cura, e o uso do imperativo [ordene-me que eu me cure] que “dá permissão” à cura serve de ironia para esse ato cruel e desprezível, que é o de tentar mudar a condição existencial de alguém, baseando-se vorazmente na intolerância ou no preconceito conservador. Repito: não se cura quem não está doente!
Se eu sou um pagão dos bons tempos
Minha amante é a luz do Sol
Para manter a Deusa ao meu lado
Ela exige um sacrifício
Para drenar todo o mar, pegar algo brilhante
Algo carnudo para o prato principal
Esse cavalo soberano é bem charmoso
O que você tem no estábulo?
Nós temos muitos fiéis esfomeados
Isso parece saboroso
Isso parece bastante
Isso é um trabalho faminto
Ironia é algo que sobeja nessa música, e o autor não faz questão de esconder isso. Ao utilizar o termo pagão dos bons tempos, o que se vê é uma ironização com alguém que, por não seguir o Deus cristão, mas outros costumes, torna-se pagão – ou, se preferir um termo mais medieval, diga “herege” – os nomes não são sinônimos, mas cabem em sentido.
Observe a parte que se diz ser necessário um sacrifício para que a Deusa permaneça ao lado da personagem. Não ficou muito claro de que deusa se trata na música, mas supondo que seja algo ligado ao sagrado, seja a “sabedoria divina”, seja a “luz divina”, o sacrifício é algo simplesmente impossível de ser realizado: é preciso drenar todo o mar; ou seja, para que a personagem seja aceita na crença – ou nas normas da religião – ela precisaria secar toda a água do mar. Mas isso é humanamente impossível. E é nesse detalhe que está a ideia-chave: livrar-se de si mesmo(a) quando se é homossexual, por exemplo, é impossível; e nenhum pedido ou sacrifício seria realizável para que isso fosse alterado.
Utilizando-se de um ataque mais pontual e incisivo, a metáfora de cavalo soberano e charmoso pode fazer referência ao próprio Deus, uma vez que esse animal [o cavalo, claro] é símbolo de resistência, força, imponência e, como também é dito na letra, de charme. Essa percepção é reforçada na frase seguinte, em que se pergunta o que há no estábulo – ou seja, o que há reservado para alimentar o cavalo. Nesse ponto, a crítica em relação ao funcionamento da religião é bem forte, uma vez que se sugere um cenário no qual os fiéis [os que frequentam a igreja e que, portanto, praticam a religião] são referenciados como esfomeados – como aqueles que adoram ferozmente, com uma ânsia insaciável pela palavra divina, mas que na verdade não passam de sustento para a própria ideia de um Deus.
Dito em outras palavras, e colocando a minha opinião bem explícita, é como se existisse um Deus que se alimenta de uma alegoria criada por seus fiéis, que são famintos, sedentos e atônitos por um crença no imaginário coletivo; que gera um ciclo alucinante entre aquele que devora a crença dos fiéis e os devorados, que renovam essa crença diariamente num frenesi automático. Parece, de fato, tratar-se de uma prática saborosa, já que o êxtase provocado pela religião é capaz de fazer crentes transpassarem a noite em orações, profecias e gritos – tudo em nome de uma divindade misógina, machista, segregadora, ciumenta, mimada e, nesse contexto, extremamente homofóbica [pergunte ao Pentateuco]. Esse ato de alimentar uma crença coletiva, pautado em tantas discordâncias, é um trabalho cíclico, faminto e insaciável, modula o comportamento da massa adoradora ao mesmo tempo que é modelado por ela.
Paralelamente há também a interpretação desses termos no sentido de que os famintos religiosos se “alimentam” das ideias e das práticas de suas religiões sem critério algum e sem buscar entender nem procurar sentido no que fazem. Afinal, quem está esfomeado não seleciona qual comida comer, devora tudo que está posto à sua frente.
Sem mestres ou reis quando o ritual começar
Não existe inocência mais doce
do que nosso suave pecado
Na loucura e imundície desta triste cena mundana
Só então eu sou humano, só então eu me torno limpo
Quando se diz que não existe inocência mais doce que o nosso suave pecado, na verdade fica muito evidente que esse “suave pecado” [dentro do contexto desta análise] refere-se à orientação sexual. Assumir uma orientação sexual, como a homossexualidade, ainda é visto como um “pecado” para a maioria das pessoas, a depender do país. No caso do Brasil e dos EUA, países com forte influência cristã, assumir-se homossexual é sinônimo de assumir-se em pecado para os crentes. Logo, além de ocorrer por todo um conjunto de preconceitos estruturais, uma série de modalidades de violência provêm do embasamento bíblico judaico-cristão, que fornecem “valores” pré-concebidos e determinados por uma entidade imaginária.
Aceitar que temos o direito de estipular quais são os valores pelos quais toda uma sociedade deve existir parece ser natural e necessário, mas é muito mais complexo que isso – envolve a questão do poder. Não conheço evidências de que a espécie humana seja capaz de viver sem nenhum tipo de poder envolvido. Exercer influências comportamentais em um outro indivíduo, ou em um coletivo, em prol de uma característica que te agrade, é uma forma de exercer poder. Se você está em um relacionamento e determinadas características que você possui e que te agradam funcionam para manter um parceiro do seu lado, isso é um exemplo de como o poder é exercido – como em casos nos quais você utiliza de sua gentileza e atenção para manter um relacionamento. Todavia, se esse uso é feito com imposição e violência, de forma que o desejo da outra parte é suprimido/desconsiderado, há um uso indevido do poder – ou, se preferir, abuso de poder. Assim, fica fácil perceber que a crença bíblica configura-se, inexoravelmente, como um abuso de poder. E condenar a orientação sexual de alguém, considerando-a como imundície ou loucura, também é abusivo, além de ser violento, grosseiro e desumano.
De um outro ponto de vista, dizer que só então eu sou humano, só então eu me torno limpo remete à questão de que somente sendo quem realmente somos é possível ser uma pessoa verdadeira e completa.
Refrão & Considerações finais
Você deve ter percebido que eu não comentei sobre o refrão da música em nenhum momento até aqui. Pois bem, eu fiz isso propositadamente, pois considero que ele merece uma análise que se conecta com algumas considerações finais sobre essa publicação e que dá abertura a algumas reflexões. Então, vamos lá!
Leve-me à igreja
Eu adorarei como um cão
No santuário de suas mentiras
Irei lhe contar meus pecados
Assim você poderá afiar sua faca
Ofereça-me essa morte imortal
Bom Deus, deixe-me dar-te minha vida
Take me to church não é uma música para quem se conforma com uma configuração social na qual cada vez mais se busca por mecanismos alienantes. Essa música apresenta um caráter de denúncia desde o início até o fim e, em muitos trechos, algumas palavras são escolhidas para gerar verdadeiros incômodos em ouvintes sobretudo conservadores.
Quando a ouvi pela primeira vez, eu não havia prestando atenção à letra – também, eu escutei uma versão que não era o clip oficial; portanto, eu não compreendi nem a letra nem a ideia por trás dela. Mesmo assim, já percebi que se tratava de uma musicalidade muito atraente. Então, se eu considerasse apenas a musicalidade (melodia, harmonia e ritmo) já seria o suficiente para dizer que recomendaria que ouvissem a música. Entretanto, quando assisti ao clipe, decidi buscar pela letra e, eis a surpresa. Que letra! Na verdade, mesmo não sabendo a letra inicialmente, o próprio título já havia me chamado muito a atenção. E, posso dizer com segurança: Take me to church não é apenas uma música. É uma arte que denuncia uma condição vigente na humanidade [a saber, o preconceito].
Criticar (no sentido mais fiel do termo) o comportamento religioso é sempre uma atitude que implica na muito provável rejeição quase que intuitiva da maioria. A ideia de que não se pode criticar a religião, seja em qual for o grau, é algo bem proeminente em países que abrigam e sustentam tradições fortes, como o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo. Você pode xingar os seus pais, maldizer o Governo, se revoltar contra seus amigos e familiares e até desejar ser anarquista, mas dizer que Deus errou não deveria fazer parte dos seus planos. Imagine afirmar que ele sequer existe, ou que embora ele existisse, seria igualmente sem sentido. E esse teor crítico é observado nessa música, como você deve ter percebido.
A ironia ao dizer leve-me à igreja é um resumo de tudo que se pode esperar dessa obra. Talvez, o que mais possa incomodar um religioso seja ler a frase “louvarei como um cão no seu santuário de mentiras“. Esse trecho bastante ácido, mas que está totalmente de acordo com o que eu [que escrevo essa publicação] penso, escancara um tom duplo: ao mesmo tempo que simula uma obediência comparada à ingênua subserviência de um cão doméstico, também mostra que na verdade o que se passa é uma verdadeira indignação com o sistema religioso.
Ao dizer que se vai confessar os pecados para você [Deus] poder afiar sua faca fica evidente que se mostrar como se é de fato pode ser trágico. Dito em outras palavras, considerando a sexualidade em questão, dizer-se homossexual (por exemplo) é um ato não agradável; em vez de receber apoio e amparo da entidade religiosa, esta afiará sua faca e certamente que com ela mesma matará o confidente. Geralmente é o que acontece na vida real, mesmo que não seja tão explícito como nessa explicação que te dou. Além disso, remete à ideia de que a homossexualidade é um “pecado de morte“, ou seja, um pecado para o qual não há perdão; mesmo confessando-o, o pecador jamais será absolvido e pagará o preço de sua intransigência com o sofrimento eterno.
Muitas histórias pessoais acabam em suicídio justamente por não encontrarem um lugar comum na sociedade. Seus maiores núcleos de conforto e consolo – a família, a religião, os amigos – nem sempre estão preparadas para compreenderem as diferenças que cada pessoa pode apresentar. Desde diferenças intelectuais, religiosas ou sobre a sexualidade, indivíduos tem cada um a sua formação pessoal e enxergam o mundo sob uma ótica que pode ser diferente entre si. Compreender isso é fundamental para o convívio em sociedade. No entanto, essa não é a realidade atual (e, pelo que parece, nunca foi assim). Dessa forma, quando alguém deseja confessar suas particularidades, falta-lhe um ombro amigo que o receba e que o ajude a compreender-se melhor. A oferta de uma morte imortal – ou seja, da vida eterna no céu – não faz sentido para todos os Homo sapiens; nem todos acreditam na vida pós-morte; vender essa ideia como um prêmio não é algo muito eficaz. Mais vale cuidar da vida aqui na Terra, e que isso seja feito agora mesmo. Essa vida sim faz sentido para a maioria (senão para todos os humanos).
Por fim, espero que essa breve análise da letra de uma grande música sirva de reflexão para você. Vale ressaltar que, embora eu tenha focado na questão da LGBTfobia, uma análise mais genérica permitiria que essa letra dialogasse com várias outras formas de preconceitos e de limitações do pensamento promovidas pela prática religiosa/dogmática. Da mesma forma, se a análise fosse mais aprofundada, você certamente que conseguiria extrair muito mais detalhes que habitam nas palavras de Take me to church.
Deixe nos comentários o que você achou dessa reflexão e, claro, acrescente o seu ponto de vista para que essa discussão seja enriquecida! Acima de tudo, minha sugestão é que você passe a observar atentamente cada letra de música que você escutar por aí. Existem muitas músicas interessantes, mas há também aquelas que vivificam o machismo, a violência e enaltecem características péssimas da nossa sociedade (como a questão do estereótipo de gênero, o consumo exacerbado, a carência emocional e a misoginia). Fique atento(a) a cada palavra. Um olhar e um ouvido atento podem ser bastante úteis na nossa construção enquanto seres humanos críticos.
Andreone T. Medrado
Devaneios Filosóficos
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PRIMEIRO: Sou Cristão.
SEGUNDO: ser Cristão, assim como Cristo ensina, significa amar O PRÓXIMO (sem distinção. Todos.) como a ti mesmo.
TERCEIRO: Não há um ser bom o bastante sobre a terra que não peque. SOMOS TODOS PECADORES. Gays, héteros, homem, mulher, rico, pobre, negro, branco. SOMOS TODOS PECADORES.
QUARTO: Não existe pecadinho e pecadão. Pecado suave e pecado pesado. Pecado é pecado. TODOS NÓS PRECISAMOS DE ABSOLVIÇÃO.
QUINTO: Igreja que afasta pecadores da própria igreja, não serve á Cristo. Cristo é como um médico, que vem para os enfermos e não para os “curados”.
Somos todos enfermos. Somos todos pecadores. Somos todos dependentes daquEle que nos deu o sopro de vida.
Ninguém é melhor do que ninguém.
Somos todos irmãos.
SEXTO: Se você é alguém que se conecta com essa música, só tenho uma coisa pra te dizer:
Deus te ama! Deus conhece você!
Ele sabe o seu nome! Ele sabe quantos fios de cabelo há em sua cabeça! Ele sabe das suas aflições! Você crendo ou não, Ele ama você!!
E Ele quer que você saiba disso. Que Ele ama você, que Ele espera por você, mas tbm que, Ele odeia o seu pecado! Assim como Ele odeia vários dos meus pecados também.
Somos todos irmãos!
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Por se tratar de uma letra em idioma que não conheço, cheguei aqui para ter uma visão correta da junção gramatical… Contudo, vi uma análise nada filosófica pois a filosofia se forma por análise epistemológica, e não com “certezas apresentadas” à respeito da religião, como por exemplo, alegação de que os gays seriam discriminados pela religião. Verifica-se que Deus ama a todos, inclusive aquele que peca. No amor há compaixão, consolo, força e amparo. Contudo Deus não tolera o pecado. São coisas diferentes. Nessa perspectiva Deus ama quem você é e não o que você fez. Afinal, somos programações ou temos o livre arbítrio? Se somos um livre arbítrio controlamos o que é compõe o mar. A música parece-me como alguém literalmente chutando o balde. Contudo odiando suficientemente com o que está chutando numa ideia de revolta pela não auto aceitação justamente porque acredita no teor bíblico e se vê em uma situação de que mudar seria doloroso. Essa vida ou a próxima? O que escolher? Lembrando que independentemente do que diz a religião vivemos em um estado laico, e não laicista. Isso significa que as normas do Estado não favorecem ou seguem determinada religião, mas o estado respeita e protege o direito de cada um professar a própria religião. Então, que haja amor e tolerância por todos. E nisso se constrói uma sociedade justa e igual
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Entendi como um casal, não necessariamente homossexual. Me choca, como cristã, a realidade do preconceito, porém está tudo, realmente, escrito, portanto, procuramos seguir ao máximo. É difícil. Importante não julgar, pois cabe isso a Deus.
Quanto “cura gay”, entendo q o intuito não é fazer uma pessoa deixar de ser gay, mas sim ajudar na aceitação dessa condição. Muitos gays não são aceitos pela família, no trabalho, pelos amigos, quando se declaram, e sofrem por isso. Muitos acabam em suicídio, isolamento, se agregando a grupos só de gays . O tratamento é para ajudar na aceitação e na demonstração da homossexualidade.
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A musicalidade é perfeita. Chega dói.
Fiquei triste pela letra. Vim procurar se realmente tinha entendido. E é isso. Intolerância de ambos os lados.
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Vc chama isso de ” analise filosófica?” N faz sentido algum a música por que um descrente se preocupados com dogmas religiosos, sendo que ele nao o acredita? Ele.mesmo diz na letra “louvarei como cão no santuario de suas MENTIRAS” pra que ele louvaria ao que ele entende como mentira? Não tem sentido a música foi pra ofender
Intolerância religiosa,ignorância,agenda politica. Vc ofende o Deus doa cristão mulsomano É judeu chamando de “rabugento” como poderiabum ignorante ditar oque certo ou errado algo cujo so Deus poderia parâmetros! Sua ignorância sobrava religião é visível. Quando diz que homosexualidade não é perdoada. Simples, seu texto é a música tem mesma natureza foram feitos para ofender a fé alheia é se paga de vítimas ainda
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“Além disso, remete à ideia de que a homossexualidade é um “pecado de morte“, ou seja, um pecado para o qual não há perdão; mesmo confessando-o, o pecador jamais será absolvido e pagará o preço de sua intransigência com o sofrimento eterno.” Gente, que fique bem claro, pelo amor de Deus, isso não condiz com o que a religião cristã pensa (pelo menos na vertente católica)… há sim preconceito por parte das pessoas, porém a igreja não condena o pecador, mas o pecado.
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Ninguém é obrigado a acreditar que Deus existe! A maioria dos defensores do homossexualismo dizem que não acreditam. Então, porque fazer músicas envolvendo Deus e os mandamentos bíblicos? Os cristãos de verdade não estão nem aí para o que os lgbtabcdario estão fazendo com a própria vida! Então me respondam: por que alguém escreve uma música atacando algo que ele nem acredita que existe? Se tais pessoas realmente conhecessem o Deus da Bíblia e entendessem de verdade as Escrituras, veriam o quanto esse tipo de música é desnecessária!
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O correto é a referir é homossexualidade. Homossexualismo remete a doença.
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Não conhecia a tradução da música, além do intrumental – que é bem elaborado, convenhamos..
É uma letra um tanto ácida, de fato. A compreensão do texto foi interessante. Sobre pontos sobre suicídio: os dados reais existentes são muito maiores do que os informados, e não necessariamente relacionado a lugares onde a crença é, digamos, majoritaria para uma população. Como motivadores, o egoísmo de governantes não necessariamente cristãos ou seguidores de alguma religião causou genocidios e atrocidades enormes, isso é atestado pela própria hisória. As características de crença de algum grupo sempre causam algum tipo de contraste com a realidade de cada ser humano. Ou seja, não é tão adequado aplicar uma situação a um motivador específico. Infelizmente, o ser humano não é tão aberto a tratativa de dificuldades de seus semelhantes quanto acha que é. Nem o religioso, nem o não religioso.
Bom, a Análise foi feita a partir de uma motivação LGBTQAI+, o que não necessariamente a letra aborda, mas a construção foi bem feita.
Sobre os Livros Biblicos citados, e a expressão de um “deus rabugento”, demonstra que nossa compreensão de amor e aceitação contemporâneos são tão bons e avançados quanto o dia de amanhã, que é uma possibilidade – e não uma certeza – ou todo o avanço das maiores teóricos de bar. A questão toda se resume na possibilidade de afeto e atenção, o que vai dialogar com os conceitos de Freud sobre as necessidades relacionadas a Libido e todo o mais, mas não se aprofundam tanto quanto Jung, que indica um a possibilidade de uma realidade transcendente.
Sobre só ser possivel viver plenamente a partir de uma compreensão primeira. O acaso nunca proporciona isso. Um modelo primeiro e anterior sempre é indicado – como não seria isso, se para uma compreensão do que é de fato humano, sempre olhamos para outro humano?
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A Deusa pra mim é a morte, aquela que da risada, a mais odiada, a profetiza verdadeira
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Perfeita análise! Adorei tanto sobre a temática da música, a questão homossexual, quanto todo o resto ,sobre deus, sobre julgamentos, sobre nos amaldiçoarem por questionar, me identifiquei com tudo que você escreveu sobre o deus da bíblia,
misoginia, machismo, poder controle,maldades . E adorei as respostas de tapa de Luva para alguns cidadãos do bem.
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Que triste ser assim.
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Independentemente do que a letra da música diz ou quer dizer, a melodia e sonoridade me encantam, pronto.
E, realmente, o preconceito e triste e perigoso. Ser cristã, por exemplo, me mostrar como realmente sou de corpo e alma, sem hipocrisia tornou-se temerário e me dá medo, pois a violência que nós cristãos estamos sofrendo novamente é inacreditável, o pior é que o preconceito vem de pessoas que se dizem contra o preconceito.
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Oii
Segundo a Bíblia único pecado que não se perdoa é aquele que se faz contra o Espírito Santo.
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Uma pena que tenha-se essa visão sobre o cristianismo, Jesus é lindo, mas precisamos conhecê-Lo. ♥️
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Quando vi o link achei que fosse passar raiva com alguma análise do tipo “ah essa música fala do diabo, e satanismo” (dos amiguinhos da famosa “Hello Kitty é amaldiçoada”)…
Mas chegando na página já vi que não era isso… E me deparei com uma análise absurdamente profunda e filosófica da letra…
Como ela está toda em metáforas nunca saberemos se foi mesmo essa intenção do compositor (mesmo com tudo indicando que sim).
Ainda assim, escolho levar essa sua interpretação linda e completamente profunda como a “minha oficial” ❤️
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Seu lixo
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De início eu amei a música, mesmo sem saber o significado da letra. quando fui procurar a letra me senti um pouco desconfortável, justamente por causa dessa “afronta”. Me senti meio receoso em ouví-la novamente, pois, em minha cabeça, eu estaria “desreipeitando” Deus, Mas depois de ler essa matéria ficou evidente que era apenas uma forma de expressar os pensamentos. Em minha opinião e conhecimento que tenho da bíblia, Deus não é preconceituoso, não é punidor, mimado ou qualquer outra coisa. O que realmente acontece é que a sociedade vêm deturbando e distorcendo a real característica de Deus, que é “amar as pessoas como elas são, sem preconceito e sem julgamentos”, ou seja, a maioria das igrejas estão distorcendo textos bíblicos a seu próprio interesse. estão reformulando para que um determinado trecho reflita sua própria opinião.
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E no final dos tempos os homens perverteriam a palavra de Deus ao seu Bel prazer.
leem mais não entendem 😉
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Amei! Concordo com você!
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Os primeiros versos da música falam sobre sua ex namorada, em entrevistas ele chegou a comentar sobre ela e sempre pareceu bem mal ao tocar no assunto. Oq deu a entender q um dos motivos do término foi a crença limitante da igreja.
A música fala sobre qualquer ato q seja considerado herege ou pecado e não necessariamente sobre homossexualidade.
Mas o clipe não retrata homossexualidade ? Bom, sim o clipe de fato fala sobre homossexualidade e os preconceitos, mas o próprio Hozier deixou claro q o clipe foi inspirado em uma situação q acontecia na Rússia naquela época, então a letra não foi feita pensando nisso e sim na alienação, nos preconceito e nas crenças tóxicas q a igreja tenta impor.
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Lembrando q o clipe foi feito um ano depois do lançamento da música
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Olá, LSol!
Primeiramente, muito obrigado pelo comentário! Fico sempre contente que comentem e que deixem suas impressões aqui, como você o fez.
De fato a letra da música não necessariamente diz sobre questões LGBTQAI+; eu li algumas falas do cantor, vi uma entrevista (talvez essa mesma que você menciona). Por outro lado, como eu fiz questão de destacar logo no início da minha análise, eu me “dei o direito” de interpretar a música sob outra ótica, assumindo desde então que não era minha intenção dizer coisas pelo cantor.
Uma coisa que eu acho muito interessante na arte (e a música faz parte dela) é justamente essa possibilidade plural de diferentes pessoas pessoas ouvirem uma mesma música e conseguirem fazer interpretações diferentes daquelas que o autor almejou. Isso é fantástico, não acha? Muitas pessoas LGBTQIA+ que ouviram essa música e/ou que assistiram ao clipe conseguiram ver na minha interpretação um estreitamento muito forte com o conteúdo musical e visual. Isso é muito bonito, pois é uma maneira de conectar nossas vivências. Independentemente de a letra falar uma coisa, ou o clipe outra, o brilho está nas possibilidades não previstas de compreensão dessa canção.
Mais uma vez, muito obrigado por comentar!
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Creio ser difícil ser julgado pela orientação sexual, porém acho justo que fique claro que a grande adversidade nao seja somente sobre a sexualidade mas sim sobre a tentativa que se usam de obter mais e mais pessoas(principalmente crianças) a aderir a homossexualidade.
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Boa tarde!! Acho interessante você colocar sua opinião aqui mas também não funciona bem assim a igreja. Pq o homem já é corrupto, e distorce até mesmo os mandamentos bíblicos para colocar se em um patamar maior de santidade. Mas Deus ama a todos da mesma forma, aqueles que aceitaram seu nome já tem o amor de Cristo pra si. Eu encontrei a igreja onde é meu lugar por exemplo, e muitas dúvidas que tinha sobre ser um lugar de 4 paredes chato foram quebradas. O problema é que as pessoas querem punir e intoxicar o que era para ser bom. Uma pessoa pode escolher o que quer ser, mas Deus criou o homem e a mulher para os dois ficarem juntos. E Ele entende se alguém se atrai para o mesmo sexo. As leis da Bíblia são formas de se viver bem, mas nem todos obedecem todas elas, o que seria o certo pra viver o máximo com Deus. E Ele quer dar o máximo de fizer o certo aos Seus olhos. Não quero forçar vc a ver oq eu penso mas sim pelo menos refletir o que Deus mostra pra mim como verdade do Seu amor. Enfim, fica com Deus man!
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Andreone, parabéns pela análise! Eu sempre gostei dessa música, mas tinha muita dificuldade de sozinha compreender o seu significado. Acho que faz muito sentido a sua análise, sobretudo se considerarmos o clipe. Obrigada por nos presentear com a sua capacidade de interpretação, sua sensibilidade, sua opinião e coragem. Está muito bem fundamentada.
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Eu que agradeço a sua visita a esse texto! E muito obrigado por deixar aqui o seu comentário! Muito obrigado pelas suas palavras, elas me motivam!
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Eu não vi o clipe, apenas ouvi a música e a tradução, talvez por isso, ou por ter outra linha de raciocínio, eu interpretei a música como um culto erótico, com endeusamento da mulher e um poema sobre sexo oral com algum tipo de consciência religiosa de que há algum pecado envolvido e então ele se rende para desfrutar desse prazer carnal.
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Simplesmente sensacional!
Parabéns pela análise, a letra já é bem afrontosa, mas vc deixou claro o quão subversivo é o autor. Adorei ♥️
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Simplesmente sensacional!
Parabéns pela análise, a letra já é bem afrontosa, mas vc deixou claro o quão subversivo é o autor. Adorei ♥️
Cadê a página no Instagram?
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Olá, Cássia! Que bom que você gostou! E, sim, a letra é bastante afrontosa… e forte.
Eu mantenho um perfil no Instagram (@andreone.medrado), porém não mexo mais nele.
Um abração!
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Adorei, me esclareceu muita coisa a respeito da letra. Se pudesse claro, gostaria que fizesse da musica Join me in the death- Hum
Parabéns pelo trabalho, forte abraço
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Join me in the death- Him**
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Olá!
Que legal que você gostou!
Show, vou procurar essa música! Muito obrigado pela sugestão! Tem algo sobre ela que você gostaria de dizer? Fique à vontade aqui!
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Eu, assim como vc, ouvi a música e simplesmente adorei sem prestar atenção à letra. Fui procurar a letra e tradução e entendi o que o cantor não só falava de homossexualidade mas os problemas que as pessoas criam dentro delas. Deus está muito acima de tudo isso, Ele nos criou, assim como tudo e todos, então entendo que a sociedade é quem tem que aceitar mais essa obra de Deus. Amor de todas as formas:
“Não existe inocência mais doce que o nosso suave pecado”
Somos todos humanos!!!!
Sua interpretação foi perfeita e ajudou muito entender muito mais!!!
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Olá, Helenice!
Demorei demais para te responder, mas aqui estou!
Muito obrigado por dedicar o seu tempo em ler e em deixar aqui a sua opinião! Concordo com você que é preciso aceitar as formas diferentes daquilo que chamamos de amor.
Um abração!
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O que percebo é que você disse a mesma coisa que o cantor, falando em outras palavras que, segundo o seu conceito, pareceram mais claras. Mas o seu grande erro foi emitir juízo de valor. Eu entendi perfeitamente a letra, sem as suas “explicações” e, ao contrário de você eu digo que a visão do autor é dele é eu não tenho que concordar com ele. Sua análise das ironias do compositor são mais agressivas do que as dele. Penso que você falou como um louco, desafiou a Bíblia e aos cristãos. Até aí não muito, mas sua forma de se referir a Deus é de uma irresponsabilidade impressionante. Quem fez o seu cérebro e sua mente pensante? Terá sido um cavalo?
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Olá Eloisio,
Para mim, seria muito mais palpável pensar que meu cérebro e minha mente foram feitos por um cavalo, pois, ao contrário de Deus, o cavalo não é uma criação da mente humana… cavalos existem.
Cuide-se!
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Incrível como esse comentário casou-se completamente com alguns trechos da análise.
Parabéns pelo texto cirúrgico.
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Gostei muito da sua interpretação, confirmou aquilo que eu já meditava sobre essa letra!
Se me permite uma contribuição..
“Um veneno fresco a cada semana” acredito ser uma alusão as “escolas dominicais” que acontecem toda semana em grande parte das comunidades religiosas.
“Eu adorarei como um cão
No santuário de suas mentiras”
Considerando as referências cristãs ao longo de toda a música eu acredito que “cão” teria o sentido bíblico de (herege, pagão, imundo). Os judeus tratavam nominalmente os “incircuncisos” como cães, inclusive tem um trecho na bíblia onde diz que “os cães não herdarão o reino dos céus” e alguns estudiosos entendem que se refere a esse povo “descrente”.
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Olá, Ricardo!
Primeiramente, muito obrigado por ler o texto e participar com o seu ótimo comentário!
Achei totalmente cabível o que você disse. Seus apontamentos são muito pertinentes mesmo. Fico contente que você tenha identificado esses pontos e que os tenha compartilhado conosco!
Um forte abraço!
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Análise realmente muito boa! Eu tinha tido uma ideia geral da letra, mas tinha trechos que não conseguia interpretar! Concordo com a sua interpretação da letra, seu texto foi muito bem construído!
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Que bom que você gostou, Gleyd! E agradeço pelas suas palavras! Essa música é muito profunda em musicalidade e em significado.
Um abraço!
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Olá! Eu sou totalmente apaixonada por música, essa em especial, tinha me chamado bastante atenção. Sou cristã, e apesar disso confesso que amei e pude sentir o impacto que a música quis passar. E como você bem falou, “é muito mais que uma música”. É uma realidade, infelizmente. Claro que palavras pesaram, doeram, até bastante. Porém minha alma fica mais leve por entender que Deus é tão grandioso que tudo que fazemos para “agradar” a ele, fazemos totalmente errado. Sabe, só não sabemos interpretar Deus. Então a verdade é que o preconceito, o desrespeito.. está dentro de nós. Deus não tem nada a ver com isso. Por isso eu amei a música, críticas são para ser construtivas. Sei reconhecer quando a religião já passou dos limites. Mas sou cristã somente pelo fato de crê em Deus. Igrejas não me representam. Parabéns pela interpretação e por externar sua opinião, não precisamos concordar, só que saber “dosar” sua forma de escrever quando se tratar de Deus, é importante. Algumas palavras me soaram muito agressivas. Está tudo bem você não acreditar na existência de um Deus, mas para quem acredita é realmente dificil ler tais palavras. Fora isso você realmente é brilhante e certeiro nas suas interpretações. Beijos!
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Ótima analise e otima reflexão! Eu imaginava que tratava sobre homossexualidade, mas a precisão que você teve com cada trecho da música mostraram tons e pontos da letra que enriquecem muito mais a música e não são nada simples de notar. Parabéns 🙂
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Olá, Afonso!
Fico muito contente que você tenha gostado!
Muito obrigado por deixar a sua opinião na forma de comentário.
Seja bem-vindo ao Blog!
Um grande abraço!
Volte sempre que quiser!
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Uma ótima análise, Andreone.
É uma letra bastante profunda, cheia de detalhes que a deixam tão rica e especial (aliás, o conjunto todo da música é fantástico) e sua abordagem ajudou bastante a entender melhor alguns aspectos.
Acho muito importante refletir sobre as letras das músicas que ouvimos; é uma forma de expressão poderosíssima e que com certeza impacta socialmente. Adoraria ver mais análises musicais no seu Blog!
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Muito obrigado, Luciene! Sim, músicas tendem a ressaltar seus significados quando paramos para observar o que elas dizem. E, nesse caso, essa música diz muita coisa!
Sugestão anotada… tentarei analisar mais músicas!
Um abraço!
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