Falar de religião é algo de que gosto. Por essa razão sinto um pesar muito grande quando, observando as igrejas e certas religiões, percebo que as pessoas transformam o conceito de Deus em um mero objeto personificado que existe com valores puramente humanos. Quem isso faz, insiste em seguir modelando-O de acordo com o que acham mais agradável – cada recorte que fazem do que seria “Deus” está diretamente relacionado com os seus medos e anseios, nada muito além disso.
Eu digo sempre que “Deus está em toda parte”. Ele não habita em caixas de alvenaria, madeira ou vidro – se você crê em Deus, e o considera o Todo Poderoso, consegue imaginar como seria impossível que toda a sua dimensão coubesse em apenas uma igreja? Há ainda quem diga “a minha igreja é a única que pode salvar a sua alma” [isso soa – para mim – como algo extremamente ingênuo e ignorante]. (Reflita: Se você permanece em uma igreja por alguém que só cabe “ali”, por esse mesmo alguém sairá. Nem mesmo você só cabe “ali”, quem dirá Aquele que transcende a tudo). A propósito, você já se perguntou o quê, de quê e para quê está sendo salvo? Pense!
Se me permitir, quero deixar aqui apenas um conselho – uma ideia para futuras reflexões: não pense em religião como uma igreja específica, nem em uma igreja como sendo uma religião. Eu estudo razoavelmente sobre as religiões e a cada dia sei menos sobre elas. Mas aprendi que um livro sagrado, em cada crença, está permeado por boas mensagens, em seu profundo interior há conselhos preciosos – há que saber interpretá-los de mente “vazia”. No entanto, as pessoas fazem deles uma leitura egoísta e particular, na qual cada um de seus versos e capítulos tornam-se seus subordinados, sucumbindo, assim, às mais entranhadas raízes de preconceito e egoísmo.
Sabe de uma coisa? Vá! Deixe o egoísmo de lado (se possível para sempre)! Experimente o velho-novo! Eu fiz isso… tem sido desafiador enxergar as igrejas, as religiões e “Deus” com os meus próprios olhos, e não com os dos demais. Isso mudou a minha vida, transformou a minha percepção de mundo. Entender as religiões atuais e aprender sobre as antigas me fez entender melhor sobre Deus, faz-me entender melhor sobre mim e sobre os outros! Liberdade não é fazer tudo que sempre quisemos. Liberdade é saber de nossos defeitos e amarras, procurar um caminho para entendê-los, e dominar as nossas próprias falhas sem culpar a ninguém! Ser livre é não sucumbir aos próprios males.
Não faz sentido seguirmos uma religião e termos uma crença se elas nos tornarem egoístas e preconceituosos. Se você deseja ser religioso e seguir uma determinada igreja, faça-o, não há nada de errado nisso. Mas, por gentileza, seja honesto consigo e com a vida! O que você acha?
⚠️(Este texto foi adaptado de uma conversa que tive com uma leitora da página Devaneios Filosóficos. Tudo que está escrito acima eu disse naquela conversa, porém, adaptei algumas frases e incluí e removi alguns conceitos… estamos sempre aprendendo).
Andreone T. Medrado
[Devaneios Filosóficos]
Quero começar este comentário com uma frase do Caio Fabio, mas que diz o que não conseguimos entender, Deus não existe” sim! eu creio em Deus e sei, tenho a certeza absoluta que ele não existe, mas como? pode me perguntar, vamos começar pensando pelo básico, Deus que ensinam que cabe em templos, onde criam dogmas, criam lideranças, transformam o Evangelho em maldição, isto só prova que Deus está fora da religião e da religiosidade, digo o Deus verdadeiro, o que creio, agora por que então digo que ele não existe? por que ele teria que ser muito pequeno para apenas existir, Deus é um absurdo, no sentido de que tudo vem dele, ele esta em tudo e ao mesmo tempo esta fora de tudo, Deus é inconcebível, no dia que algum cientista provar a existência de Deus , eu deixo de acreditar nele, pois Deus como eu disse não existe , ele É , ele é o grande EU SOU O QUE SOU, aquele inominável, devemos deixar estes velhos conceitos de adorar Deus em templos ou em montes, ele vive em mim, aqui dentro, em você ai dentro e não há nada nem ninguém que possa mudar isso, quando eu encarno o evangelho, Já não sou eu que vive mas o Pai que vive em mim, por isso a religião e a religiosidade ja teve seu papel no imaginário e na História, assim como o antigo testamento mostra um povo primitivo aprendendo a ser gente, esta na hora de deixarmos isso de lado estas instituições e encarnarmos a Jesus em nós e deixar o templo e a religiosidade do lado de fora, para começarmos a aprender a ser gente.
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