#00 – Um parágrafo seco. Não existe HUMANIDADE para além de uma criação da mente humana. Toda e qualquer atribuição do que é certo e errado, bom e mal, adequado e inadequado passa necessariamente pelo crivo meramente conceitual que, de uma forma ou de outra, assume diferentes roupagens no conjunto social com implicações subjetivas (instituição de códigos e de normatizações percebidas de maneira abstrata pelo indivíduo), intersubjetivas (quando assimilada coletivamente) e objetivas (no plano físico, i.e. dor, prazer, sofrimento e morte como expressões do ser biológico). Nenhuma humanidade é de fato livre, feliz e amável, espontaneamente. Antes, é preciso haver um sistema no qual a dependência desses fatores seja tão necessária quanto imperceptível; o amor, a felicidade e a liberdade constituem fortes e importantes engrenagens imaginárias que, uma vez inventadas e bem alimentadas pelo Homo sapiens, conduziram-no para o caminho sem volta que o tornou humano. O ser humano é uma invenção lenta e gradual, é a transmutação não planejada de um animal em coisa.

 

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Andreone T. Medrado
Devaneios Filosóficos

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NOTA: A imagem utilizada para compôr essa publicação foi obtida aqui.