Entre os mecanismos que sustentam a masculinidade frágil, tóxica e corrosiva do homem heterossexual, a Brotheragem entra como o verniz que cobre esses sujeitos, protegendo-os de tudo que tente ameaçar sua heterossexualidade normativa. Se “Brotheragem” é o ato de homens supostamente heterossexuais fazerem sexo com outros homens, ela também funciona como um pacto silencioso que os mantém reféns uns dos outros, mas [e] por isso mesmo pertencentes às normalizações sociais.
ENTENDENDO O TERMO: BROTHERAGEM vem do "aportuguesamento" da palavra "Brother", que em tradução livre do inglês significa "irmão". Nesse contexto, "brother" deixa de ser um substantivo que designa um grau de parentesco familiar e passa a ser verbo, que, quando conjugado para ser uma prática de uma ação, torna-se "brotheragem". A título de exemplo, é o que acontece na estrutura gramatical com o verbo modelar, que ao assumir um o sentido de um ato posto em prática, de uma ação executada, se escreve com o sufixo -agem, passando a ser modelagem. Dessa forma, "Brother" + "agem" tem o sentido de ter práticas como se fosse entre manos, uma vez que aqui, o "Brother" não diz respeito necessariamente a irmãos consanguíneos, mas à irmandade, a parceiros, a colegas. No contexto prático, Brotheragem é quando dois homens que se identificam socialmente como homens heterossexuais - que convencionalmente são homens que se atraem sexualmente apenas por mulheres - têm relações sexuais que necessariamente envolvem o sigilo. E isso é muito importante aqui! Homens bissexuais e homens homossexuais, por exemplo, podem ter relações sexuais entre si e podem preferir não demonstrar isso publicamente por uma série de questões de represálias sociais; no entanto, o diferencial do homem hétero é que eles precisam primeiramente sustentar a imagem de homem hétero, e segundo, precisam garantir o sigilo absoluto do ato. Não há brotheragem sem sigilo.
“Heterossexualidade acima de tudo, sigilo acima de todos!“
Numa sociedade que condena o comportamento homossexual, considerando, inclusive, que um homem que faz sexo com outro homem (HSH) nem seja considerado “Homem de verdade”, mas “gay/viado/bicha”, revela por si seus mecanismos normativos. Ora, se um homem hétero – que seria condenado por ter comportamentos homossexuais – encontra outro hétero sujeito à mesma ameaça, o pacto entra em ação. Eles ficam juntos, praticam sexo, realizam seus desejos homossexuais e, como numa aliança social bilateral para manter o perfil social hétero de ambos e seguirem aceitos nos grupos em que frequentam, pactuam que nenhum contará sobre o outro. Todos têm algo a perder – seus privilégios heteronormativos – logo, é tudo no sigilo! O sigilo é a moeda de troca da brotheragem.
Homens héteros defendem sua heterossexualidade como se ela estivesse acima de tudo, inclusive acima daquilo que eles são e/ou poderiam ser; eles fazem questão de expor suas marcas de “homens que gostam de mulher”, e exigem ser tratados como pessoas avessas ao prazer afetivo-sexual que envolva dois corpos masculinos. Mas é justamente nessa armadilha que eles mesmos criam seus paradoxos e se condenam ao cativeiro de si.
Alguns paradoxos são bem, evidentes. Esses homens sigilosos – da espécie “Homo sigilosus” -, que dizem gostar tanto de mulheres, são os mesmos que as objetificam, que não as reconhecem como pessoas dotadas de autonomia, de intelectualidade e de direitos. Em contrapartida, veneram tudo que é masculino: adoram o pênis – adoram sobretudo exibi-los como objeto de poder, veneram ambientes e espaços homocentrados (futebol masculino, encontro somente entre homens, cultuam atores, cantores, escritores, todos masculinos e com uma performance masculina dentro do mais esperado para o homem viril, vulgo homem “macho” – no caso de homens brancos… etc) e, mesmo assim e talvez por isso?, ainda buscam pelo sexo homossexual; no entanto, eles temem serem reconhecidos e descobertos em suas profundas e secretas vontades. Temem ser descobertos inclusive por si mesmos. Certamente porque existe uma norma que os encarcera no título de Homens Heterossexuais; represando desde mito cedo em suas socializações a vivência mais íntima de seus afetos como uma experiência natural – mesmo que sejam criações doutrinárias que aprisionam um potencial de afetos e ignora todas as possibilidades de um indivíduo.
Em muitos casos, esses homens são comprometidos em relações afetivo-sexuais com mulheres (já percebemos essa necessidade, mas falarei melhor abaixo). Não bastasse esse detalhe, deve-se acrescentar o fato de que essas companheiras não sabem de seus comportamentos homoafetivos; ou seja, para além de qualquer perspectiva muito moralista, existe mesmo assim a quebra de pactos estabelecidos entre os pares, já que eles também, em sua maioria, são monogâmicos, ou, no mínimo, não informam suas companheiras de seus atos – haja a vista, novamente, a necessidade primordial de ser tudo no sigilo. Ou seja, para esses sujeitos vale a máxima “Heterossexualidade acima de tudo, sigilo acima de todos!”.
O perfil do homem praticante da Brotheragem e suas estratégias
Como parte de um pacto extremamente tóxico, mas que ocorre de modo silencioso no subterrâneo da subjetividade de uma masculinidade mal construída, estes homens apresentam técnicas que os auxiliam na hora de se camuflarem na sociedade. Existe todo um perfil do que popularmente se conhece como “heterotop“: aqueles homens que super valorizam um corpo bem definido em sua musculatura, mas que não é o fisiculturista, talvez o perfil “homem de academia“; estes homens adoram aglomerações masculinas ondem os abraços, os tapinhas na bunda e nas costas não são um problema, afinal, estarão entre “manos“, entre “irmãos“, “brothers“; em um tom mais especifista e talvez estereotipado, são homens que cultivam um certo tipo de barba bem desenhada com uma altura de rasa a média (embora não seja bem a regra, vale ficar atento a esse estereótipo), com postura de sentar e de andar que imitam o Jhonny Bravo, no caso daqueles que perfomam uma masculinidade de padrão midiático, mas também existem os chavosos, que usam das marcas de masculinidade de seu grupo para afastarem as suspeitas do desejo afenimano (principalmente para se afastarem da performance da “gay POC“; além disso, são homens que precisam de alguma maneira demonstrar seus desejos [por vezes exagerados e compulsórios, de tão artificiais] pelo corpo feminino, quase que numa performance em que se exibe suas companheira como se elas fossem a simbologia de um certificado que tem por objetivo dizer “Olha aqui como eu sou homem, eu gosto mesmo é de mulher!“. Reforçam isso, curiosamente, no excesso de músicas que destacam a mulher como objeto sexual, e fazem questão de aumentar o som e de repetir a faixa se for preciso; tudo para não dar muitas margens às dúvidas.
Para completar [ou complementar] o perfil – que se mistura com o dos “heterotops” específicos de cada contexto sociocultural -, eles precisam lançar mão de outros artefatos simbólicos que os inclua cada vez mais no grupo dos “homens de verdade“, funcionando como uma tentativa contínua de se distanciarem cada vez mais do grupo dos “menos-homens”, dos “gays“, “viados” e qualquer outro termo ofensivo que designe aqueles homens fora da normatividade tóxica. Essa proximidade – também compulsória – cumpre o papel de construção de um muro simbólico, dotado de elementos que dificultem que alguém lhes veja como não heterossexual. A “má” notícia [ou a boa, né?] para esses sujeitos é que ser heterossexual não tem a ver com essa estrutura performática toda; apesar disso, e na prática, numa sociedade que venera o masculino acima de tudo e que constrói e fomenta uma imagem rígida do que é “ser homem”, tais elementos performativos ainda servem de técnicas de subjetivação. Técnicas essas que atuam sobremaneira na produção de masculinidades frágeis, tóxicas e que afetam não apenas estes homens, mas todas as pessoas que com eles se relacionam ou que passam por seus caminhos.
Além do sigilo, que é fundamental na Brotheragem, e das performatividades citadas acima, os brothers têm códigos que lhes permite detectar uns aos outros. É comum em grupos heterossexuais existir a zombaria e a depreciação acerca de comportamentos homossexuais. Como forma de ataque, a maioria usa expressões do tipo:
“Ah! vai dar o cú!”,
ou “Cê é louco! Se eu perder o jogo/a aposta te dou meu cú!”
“Se você perder o jogo/a aposta vai ter de dar o cu!”;
“O que foi? Está legalzinho assim comigo por quê?
Quer dar pra mim?”.
São expressões que podem ser diferentes entre si, mas que sempre culminam em práticas atribuídas a homossexuais, logo, práticas indesejadas na normatividade e da normalidade heterossexual. No entanto, quando isso acontece entre dois homens que, embora se considerando heterossexual (sobretudo na performance social visível publicamente), desejam a relação homossexual, eles agarram o sinal e cobram pelo cumprimento das expressões.
Por exemplo, na expressão “O que foi? Está legalzinho assim comigo por quê? Quer dar pra mim?“, dita por um sujeito “A“, se o receptor da frase (sujeito “B“) responde com um “Por quê? Vai querer comer?“, existem duas possibilidades: (I) a o sujeito “A” responde positivamente, e ambos fecham o pacto (isso caso ambos estejam sintonizados no desejo – ou, como diz uma amiga minha, se ambos estiverem “trabalhados na vontade”); (II) num outro caminho de ação, o sujeito “B” responde de modo repreensivo, algo como “Que isso, meu, tá me estranhando? Sou homem!”; e nesse caso, para fugir de ser descoberto o sujeito “A” responde em tom de brincadeira, desfazendo aquela situação, e certamente que ele lançará mão de algum discurso machista para se blindar de potenciais interpretações. Outras combinações são possíveis, obviamente.
Apesar disso, caso o código (por exemplo, as expressões) sejam enviados e ninguém as capture no ar, a vida segue e o brother segue na sua jornada, valendo sobremaneira o ditado de “jogar um verde para colher maduro“. Isto é o que torna a brotheragem uma prática ativa entre um sistema de vigilâncias e de disciplinas: códigos que são percebidos por indivíduos treinados para essa prática, mas que podem ser emitidos em grupos quaisquer. No fenômeno da brotheragem, como em qualquer outro, para que haja sua movimentação e sua atividade é essencial uma linguagem que comunique aos seus partícipes a mensagem de base.
Seria muito sugestivo e pertinente o questionamento de como eu – Andreone Medrado – posso mencionar essas características todas, perguntando-me, inclusive, de que local tiro essas fontes e percepções. Mas para além das minhas experiências pessoais, a prática está aí, revelando estes homens a cada passada de perfil no Tinder, no Grindr, e em qualquer outro aplicativo de relacionamento, mas também nas conversas atentas entre homens héteros – você nunca reparou? Eles sempre se apresentam como “Homens de verdade“, que “gostam de mulheres“, mas que “só querem se divertir“, desde que seja no sigilo. Tomei a liberdade de teorizar sobre o assunto, mas podem apontar minhas contradições e de me dizer em que ponto elas não são coerentes – críticas construtivas são bem-vindas.
De toda forma, não deixem de conferir um pequeno número de imagens abaixo e ouçam o áudio que vazou de um grupo. Não são exemplos estatisticamente representativos da sociedade, mas são mostras de que o comportamento da Brotheragem existe, e funciona com regras, com estruturação e com dinâmicas próprias de um fenômeno social. São materiais para que vocês possam acessar com mais didática o que estou querendo dizer:








Áudios Vazados [?]:
Aspectos subjetivos da Brotheragem
Homens praticantes da brotheragem, os já mencionados brothers, são sujeitos que não se permitem o conhecimento de quem são. O poço de suas inseguranças e de seus medos é profundo o bastante para nele se afogarem a cada movimento. Demonizam a bissexualidade e a pansexualidade; não aceitam romper a casca da heteronormatividade; não aceitam se questionar. São seres profundamente fechados em suas carências e obsessões másculas.
Essa prática revela, entre entre outras coisas, o peso que as socialização masculina exerce sobre a própria sexualidade dos sujeitos. Ao se reconhecerem dentro de uma caixa chamada “homem” eles se fecham para qualquer experiência que fuja do que socialmente é considerado ser homem. O que muitos não levam em conta, mas que deveriam fazê-lo, é que um sujeito não é menos homem porque é homossexual, bissexual pansexual ou assexual; essas particularidade não dizem respeito à masculinidade, mas à atratividade afetivo-sexual que pertence aos indivíduos de modo geral.
Assim, quando um homem acredita que precisa manter o sigilo absoluto de seus atos homossexuais, valendo inclusive enganar suas parceiras ao realizarem o comportamento sexual com outros homens, de modo escondido, isso pode ter possíveis interpretações. Uma delas é a já comentada acima (no Box); ou seja, o medo da represália social proveniente da homofobia. Nesse caso, sujeitos que tem em si a percepção e o desejo de vivenciarem sua sexualidade acabam por não demonstrar publicamente seus afetos homossexuais porque sabem da estrutura social que rejeita o não-hétero. Por outro lado, quando se fala de brotheragem, o mecanismo pode até ter uma aparência semelhante – que seria evitar repressões e retaliações sociais -, no entanto não deve ser confundida a essência, ou a motivação central do comportamento: na brotheragem o que se tenta proteger é a imagem heterossexual defendida por seus praticantes.
Cientificamente falando, pessoas heterossexuais podem praticar sexo com outros homens e nem por isso deixarão de ser heterossexuais. Mas os brothers negam a todo custo que esse desejo deva ser explicitado entre seus semelhantes héteros. E isso chega a ser complexo de se entender, porque ao mesmo tempo que eles rejeitam a ideia de serem confundidos com não-héteros, eles se atraem a partir de micro pactos que, no oculto das ações, contém a homossexualidade, mas na estrutura macro, ou seja, no vivenciado socialmente eles seguem preservando características que lhes confere o privilégio heteronormativo. O sujeito está envolto no tecido social que exerce sobre ele pressões diversas. Uma delas é a pressão de uma masculinidade danosa [como todas são] – que sequestra suas presas a partir de suas garras de privilégios que, de um jeito ou de outro, ainda confere algum privilégio por ser um homem hétero. Logo, aqui está um possível explicação para a brotheragem, mas não é a sua justificativa.
Entre outros, o produto que emerge desse caldo de negações e repressões (externas e internas) é, de um lado, o conjunto de homens que não se permitem conhecer seus corpos e seus desejos com mais intensidade; não conseguem sentir seus prazeres com mais leveza; são criaturas realmente reprimidas em várias dimensões. De outro lado estão os efeitos gerados sobre todas as pessoas que se relacionam com esses homens. Suas companheiras não são necessariamente desejadas pelo que são enquanto mulheres, pessoas, seres humanos; muitas vezes seus papéis enquanto companheiras são restritos (ou primordialmente alocados) ao posto de “dispositivos sexuais/afirmativos“. Dito de outro modo, suas companheiras são acionadas quase que exclusivamente para afirmar que aquele homem [o brother] gosta de mulheres. O problema disso é, entre muitos outros, que mais uma vez as mulheres não são valorizadas; não são lidas por homens, não são ouvidas nem consideradas em sua totalidade que não a erótico-sexual. Obviamente que isso contribui para o feminicídio, para a misoginia e para os casos de violência domésticas: se um corpo na sociedade não é reconhecido como um corpo humano, ele logo passa a se autorizado como corpo matável – essa é a lógica perversa e colonial que tem construído Estados genocidas. Observemos o caso dos corpos negros, indígenas, amarelos, femininos, travestis, intersexos, entre outros. Esses somam o maior número de mortes por homicídios – e não se pode dizer que é por acaso.
Uma consideração que merece outro texto tem a ver com a fetichização de travestis: na tentativa de buscar por um prazer com o pênis, muitos brothers são criados na ideia transfóbica de que travestis são homens vestidos de mulher, e tentam com isso realizar seus prazeres, novamente, a partir da objetificação de certos corpos. Isso também tem relação com o transfeminicídio, uma vez que não é raro ver casos em que travestis são mortas depois do sexo – seria para esconder as provas que condenariam a heterossexualidade do homem? Pense aí!
* * *
Assim, num sistema que opera em diferentes dimensões, um fenômeno social nunca atua sozinho, tampouco ele afeta apenas uma dimensão no tecido sociocultural. E o fenômeno da Brotheragem é um desses que atua em diferentes níveis. Esse texto tem o objetivo de suscitar o debate acerca desse fenômeno, jamais de encerrá-lo.
Brotheragem é o nome dado ao desejo dos homens de viver sua sexualidade, mas que para não perder o lugar no privilégio hétero submetem-se à mais profunda atitude degradante: negar quem podem ser e o que podem sentir.
* * *

Andreone T. Medrado
Devaneios Filosóficos
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NOTA: a imagem de fundo, usada para compor a capa desse texto, foi obtida numa busca pela internet, não é de minha autoria.
Tanta manobra mental e narrativa, eufemismos pra tentar esconder o óbvio…hétero só gosta e só fica com mulher, os “héteros flex” são homossexuais/bissexuais enrustidos, apenas isso.
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Qta besteira ……. só por que o homem curte ter um corpo definido, ele é homosexual?
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Por incrível que pareça o corpo definido é para “impressionar” outro homem. Uma colega outrora disse que na Academia o cara se olhava no espelho como desejando a ele próprio! Ontem fui cortar o cabelo, ele de mexer o imaginário e fez marketing dele mesmo: que no ônibus uma mulher se encostou nele, que era fiel a esposa e quando falei que homem com aliança é um fetiche e falei baixo, toda aquela virilidade que quis passar ficou meio sem sentido ao perceber que eu levitaria gostoso no genital dele!!!
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Leia de novo o texto!! É compreensível não entender a subjetividade dos corpos e das mentes!
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Pois é, gostam pela beleza do corpo definido, igual mulher com o corpo feminino, não necessariamente tem atração ou desejo.
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Heteroflex é assim que se diz???
Vão todos sentar no colo do Capeta, o pior ser humano é aquele que faz no sigilo e acusa os outros por fazerem publicamente! O Diabo está vendo!!🤣
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Ohh, advogado do diabo, só pra lembrar, a rola do capeta e grande, grossa e cheia de espinhos, não que eu já provei, mas os satanistas dizem!!!🤣🤣🤣
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Homens infelizes!
Sexualidade tóxica!
Vivem na penúmbra de seus desejos impronunciáveis! Que Deus os perdoe por não aceitarem a natureza de seus desejos!!
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esse jogo social parece tão complexo que desperta tédio e muita preguiça rsrsrs
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Nos últimos anos eu e meu namorado decidimos abrir a relação, porém com regras bem definidas. Curtimos frequentar festas eletrônicas e quero descrever o que temos vivenciado. Somos discretos e curtimos caras discretos. Ao frequentar estas baladas, percebemos que os héteros deixam a gente se aproximar deles de uma forma bem diferente. Geralmente a gente se posiciona atrás de um cara hétero que está com os amigos ou mesmo com sua namorada e os toques vão se intensificando naturalmente, até porque ali estão várias pessoas aglomeradas e não tem como evitar o toque.
Porém estes caras ao perceberem que estamos atrás, eles se posicionam estrategicamente bem à nossa frente, praticamente se encaixam para que possamos “encoxá-los” (se uma pessoa não gosta do toque, automaticamente se afasta independente se está doido na balada ou não..rsrs). Na maioria das vezes ficamos “excitados”, impossível o cara não perceber isso, de fato se afastaria. Mesmo assim ele se mantém firme e demonstra interesse dançando colado em nós e se aproximando cada vez mais. Há situações que a namorada que está à frente percebe algo, tenta se afastar, o cara resiste em ficar onde está, e quando se afasta, dá um passo para trás novamente (isso entrega muito) e até permanece distante da sua parceira. Quando há amigos por perto, eles o abraçam e se jogam para trás, encostando-se à gente ou jogam o tronco para frente e a bunda para trás, como se não percebessem que estamos enconchando-os firmemente, e tudo acontece de forma natural, como se ninguém percebesse algo. Houve uma vez que meu namorado ficou mais de horas encoxando um cara na balada, ele estava com sua namorada, ela fez de tudo para ele se afastar, mas sem sucesso, eu estava até com medo dela kkk. Semanas depois, encontramos ele novamente em outra festa, mas dessa vez ficamos atrás do amigo dele fazendo o mesmo,ele chegou até meu namorado e perguntou com ar de deboche: vai comer? Este cara também estava com a namorada, até os amigos dele perceberam a situação e tentaram se afastar, abria espaço na frente do grupo deles, mas ele não saia dali, houve um momento que eles foram para fora, achei que haviam ido embora, de repente, vi alguém quase pisar em mim e praticamente me empurrar para trás, detalhe, no local havia poucas pessoas, e mesmo assim ele voltou no mesmo lugar e se posicionou bem à minha frente novamente. Lógico que não passamos do limite, como passar a mão ou tentar se aproximar, deixamos a pessoa se aproximar, demonstrar interesse como se nada estivesse acontecendo.
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Essa questão é bem trivial entre homens! Numa ocasião, sexta feira, transito parou e pela demora, teve gente que vai descendo. Acabei me posicionando na frente de um cara que logo me perguntou se gostava, porque eu parecia ser cisgenero, maroto respondi e dai? Ele deu uma gemida, fomos conversando ai naturalmente sem perceberem estarmos como que num esquenta!
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Não existe “héteroflex”, são bissexuais enrustidos, não necessariamente precisa haver romance pra bissexualidade existir, se trata de sexualidade, não afeto, a isso se chama afetividade.
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Vixi, bissexuais andam traindo as namoradas com homens assim na cara dura? 😂
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Uma relação hétero é normativa pois é acima de tudo biológica, foi por meio dela que nossa espécie chegou aqui e permitiu que vocês existissem e fizessem seus comentários.
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O Universo Biológico é amplo indo além da Reprodução a que em tese você se referiu! Mas a vida Não é apenas reproducao! Quando fazemos sexo oral, o semem ingerido é nutritivo, diria rejuvenescedor. Até atrelo a principal causa das mulheres casadas e homens apreciadores de sexo oral terem o aspecto de que “os anos não passam” pela presença de homem em suas vidas!
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Parece que esses Heterosflex só precisam de homens pra satisfação sexual mas na hora de ter afetividade tem com mulheres, romantismo, carinho…. Bissexual namora, se apaixona. No fundo homem só precisa de um buraco pra enfiar, não importando o gênero.
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Os chamados “heteroflex”, eles acabam mais sendo penetrados do que penetram! Já os amigos, afeição, eles por terem e se permitirem relação fluida, nem se rotulam hetero ou flex, a transa ocorre, sem qualquer neura! Finda a transa, a gente sai junto e a amizade continuando, a exemplo de amizade entre gêneros!
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Não existe “héteroflex”, são bissexuais enrustidos, não necessariamente precisa haver romance pra bissexualidade existir, se trata de sexualidade, não afeto, a isso se chama afetividade.
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To chocado hahahaha… Eu pego “na brotheragem” um menino que trabalhava comigo há mais de 4 anos. Ele me impede absolutamente de dizer qualquer coisa para quem quer que seja. Primeiro ele era exclusivamente ativo, depois ficou curioso e prefere ser passivo, quase que na totalidade. Embora ele diz que é apenas “brotheragem”, mas nao consegue passar mais de duas semanas sem que ele (na maioria das vezes) me chame para transar. Realmente, nao rola beijo, quando tento ele sempre desvia, mas usa a boca para mamar, é bizarro a “coincidencia” do autor com a realidade… amei! E só li verdades!
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O cara não aceita a própria sexualidade, bizarro! E esse lance de não querer beijar? Mamar pode, mas beijar não? 😂😂😂
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Bebi com um colega de trabalho 18 anos mas jovem que eu não esperava que ele queria aprontar naquela noite.
Eu entrei no hotel com ele para dormir. Eu não tinha intensão nem vontade de fazer nada ele tirou o pênis ja duro para fora mostrou um fime pornográfico para mim abaixou minha cabeça para mim dar uma mamada nele . Foi sem beijo na boca tirou minha cueca e me penetrou duas vezes. Eu não tinha nem ereção ele percebeu. Não entendi porque ele fez isso comigo. Ele se revelou uma pessoa que eu nao conhecia .
Depois me pediu desculpa pelo zap e esta me fazendo convite para sair na folga dele.
No trabalho ele e eu estamos agindo como normal. Sem comentar.estamos cada um na sua hetero sexualidade. Isso eu acho ter sido uma bhoderagem
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Genesio, percebo que faltou para vocês o chamado “esquenta” e nem precisava evitar se beijarem! Claro que não seria beijo longo, apenas rostos próximos fluindo uma paquera! Nem sempre a gente tem ereção sendo penetrado, ainda mais se for a 1a.vez com um cara: pode ter sido, no seu caso, ele ter “invadido” sua intimidade ou a gente sendo coroa, o aumento do “percentual” que temos de progesterona “acontece”. Não se atrele a convenções sexuais, postas pela sociedade. Fato é que vocês tem complementariedade, feronomios perceptíveis, normal até a vida seguir como algo sem ensejar comentarem! Quem sabe até surja namoro, veladamente claro, já que muitos não tem coragem de viverem uma relação homo!
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O cara se revelou quando bebeu, e ainda se mostrou meio abusivo, heterossexual de fato ele não é, é bissexual enrustido.
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QUE LIXO DE SITE COMONISTA !
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Meu amigo tem um colega que fica de brimcadeira, abrançando e etc, já questionei ele e disse que é coisa da minha cabeça. O que você acha disso?
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Já tive um colega que chegou a dizer que outro colega, perto a mesa dele era como filho. Diferença de idade de 30 anos. Só que quando chegaram duas colegas, “trintonas” também, o colega “sessentão” pediu transferência para outra capital! Ai aonde estava aquele afeto “paternal” pelo colega? Ficou nitido o “ciuminho”! Antes de pedir a transferência quis se “achar no pareo”, e jogar charme para uma das colegas que lógico não “digiriu” bem a situação. Coube a ele entender que “sobrava” no setor!
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São esses que batem em gay afeminado em travesti na rua. Catarse. “Heteros raiz” que eu acho que sao apenas 10%, igual “raça pura”, nem lembram que gay existe. Esse tipo dos prints são os torcedores fanáticos, amam jogadores, mulheres são apenas para validar sua sexualidade perante a sociedade, literalmente, um instrumento.
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Queima !!!
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Texto muito bem escrito e que descreve bem a brotheragem; de fato um fenômeno social. Parabéns ao autor! Mas, ainda bem que ele reconheceu no final sua experiência como fonte, pois como ele próprio trata no texto, o “sigilo” dos brothers inviabilizaria entrevistas ou outros tipos de coletas de dados.
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O “fenômeno social” a que você se refere, deu a Década de 60, o titulo de “Anos Dourados”, onde homens e mulheres, se “agrupavam” por Ideologia Politica ou por serem artistas! O “sigilo” era “não se importar”, com a sexualidade fluida, que gerava “compreensão” porque na madrugada poderia acontecer a “heteronormatividade”( namoro ao casamento) e a tarde a mais intensa (caliente) transa homo! Hoje, vovos e vovós, tais famílias se encontram, antigos amantes homossexuais, foram apresentados as descendências, como velhos amigos, “companheiros” na luta por um país melhor!
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Um “fenômeno social” causado por homofobia/bifobia interna, autoengano e falta de senso; heterossexualidade envolve sexo diferente, não existe heterossexual que curte e fica com pessoas do mesmo sexo, isso é uma incogruência.
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A única diferença é que mulher engravida, mas em essência as relações Não diferem, inclusive as pesquisas revelam que penetrar anus masculino é a exceção e Não regra! Quando fui penetrado foi por “complementariedade” e Não por mera necessidade. Feronomios que nos une!
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Para que Tanto malabarismo para negar que são homossexuais/Bissexuais enrustidos. Preguiça dessa gente. Acha que estão enganando alguém. A “homofobia” internalizada grita nós corpos dessas criatura que se dizem héteros mas ficam com outros machos. Enrustidos que não te coragem de assumir. Gays/BI da pior espécie.
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Concordo totalmente contigo.
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Cada vez mais o termo Hetero, vai dando lugar ao termo Heteronormativo e, “consolidando” minha tese que a pessoa é Bi ou Homo! Essas características de “brotheragem”, a barba aparada é a mais “óbvia” digamos assim! Mas tem aquela da Fisioterapia, que um que tratou do meu braço com carinho: túnel do carpo e nervo ulnar, acabamos ficando! Já para a coluna, quando precisei, logo me direcionou para a colega e, observei ele massageando coxas e bem próximo a virilha de um paciente, ai que entendi, que nesse caso, eu e o fisio, apreciavamos a mesma região do corpo masculino!
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Foram dois Fisioterapeutas: o da coluna e o que prestou tratamento no braço!
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