Dica de Leitura: Paganini, o Guarnerius endiabrado

Se você, assim como eu, é amante da música clássica, especialmente das composições para violino solo, essa é uma excelente recomendação. Entretanto, se você não é apaixonado por violinos, mas gosta de apreciar a história de humanos incríveis, não fique menos contente, a recomendação é igualmente válida. O escritor Alisson Felipe trouxe a história de um personagem especial no mundo da música clássica, que foi Niccolò Paganini – o morador da Rua Paso di Gata Mora, em Gênova, Itália – e o fez com muita clareza. O livro conta detalhes da vida desse grande violinista, suas angústias e dificuldades, seus medos e desafios. Paganini realmente amava a música e seu Garnerius. O seu talento era espetacular ao ponto de as pessoas dizerem que ele era possuído pelo diabo quando tocava, pois tocava de forma inédita. Penso: porque não poderia ser possuído por um anjo de cima? Só porque ele se vestia de preto, era magricela e descabelado? Vai saber!

(A única coisa de que senti falta foi uma linguagem mais informal nos diálogos entre as personagens, Alisson poderia ter utilizado uma linguagem mais infantil no começo do livro, quando Paganini dialogava com sua mãe, por exemplo. Mas, obviamente, isso não corrompe o todo da obra)

Posso afirmar que trata-se de uma leitura agradável que alimenta o meu pobre saber. Conhecer um pouco da história do maior violinista do mundo é, no mínimo, encantável. Paganini, o meu compositor e músico preferido. I think to myself: “se ouvir os grandes violinistas contemporâneos tocarem as obras de Paganini já é uma explosão de perfeições, imagine como seria ter ouvido o próprio músico tocando suas partituras?” Realmente, o ser humano tem muitas habilidades sofisticadas, só precisam parar de se preocuparem tanto com o exterior de seus corpos e investirem um pouco mais no seu interior. Não há sequer um humano que não seja capaz de brilhar com luz própria.