Falando abertamente [e resumindo]: você não precisa pensar que “Preto(a)” e “Negro(a)” são ofensas, ou algo pejorativo.

Embora um número considerável de Homo sapiens propague o racismo na mesma intensidade que respiram, é preciso dizer que o problema não está nas palavras “Preto” e “Negro”, o problema está em dizer que coisas associadas a elas são necessariamente ruins (saiba mais aqui). E ‘pasme’, nascemos e morreremos pretos, e isso não é nenhuma vergonha, isso somos nós. Isso é vida! O problema não está em nós, mas no olhar adoecido e racista de uma sociedade veladamente preconceituosa – #ficaadica!

Muito se diz sobre o que é ser negro(a) no Brasil. Ser negro é ser gente, é existir enquanto ser humano (sim, também somos Homo sapiens); é [ao menos em tese] ter direitos e poder buscar por seus objetivos. Porém, eu prefiro encarar essa pergunta sob outra ótica, e a faço aqui: Como é ser negro(a) no Brasil de 2019? Aí sim a questão fica complexa, por que só quem vive sob a pele preta sabe como é isso.

O problema não é ser preto(a); o problema é ser seguido no supermercado; ser parado na rua em qualquer horário; ouvir um “não” na entrevista de trabalho; ter menor credibilidade de fala; ser considerado(a) “bom de cama” – com um “fogo” a mais; ser chaveirinho de branco(a) racista [“eu até tenho amigo(a) negro(a)“]; mas tudo isso por causa da cor – a cor da pele!

E entenda, o problema não é a nossa cor – e ser preto não é apenas uma questão de coloração – mas o que fizeram dela ao longo da História. Cada vez que você tem “receios” de chamar alguém de preto(a)/negro(a) porque acha que será ofensivo, saiba, você comprou o discurso de que a nossa cor é ruim e que dizer que “fulano(a) é preto(a)” pode ofendê-lo(a). Pare com isso!

O problema, repito, não está na nossa cor – está no tom da fala violenta e espúria, na ocasião que busca uma humilhação, no descaso que nunca é por acaso; o problema está na eugênica ideia de que existem raças, ele está na falta de representatividade que segue diariamente opressora!

meu cabelo não é ruim, ele é meu cabelo;
não sou “mais clarinho” ou mais “escurinho”, sou negro/preto;
meu protesto não é mimimi – é luta legítima;
minha fala não é ultrapassada nem repetida, o seu racismo que é velado e compulsivo!

“Preto(o)” e “Negro(a)” não é ofensa!
Basta você entender o que essas palavras realmente significam! E só entende isso quem rejeita o que se prega diariamente na “indústria racista”, patrocinada por cada propagação de seus termos infames e insanos e por cada protesto que é silenciado.

Deixem os pretos decidirem o que é racismo! E não custa dizer: silêncio não significa se neutralizar diante de uma causa, muitas vezes isso pode representar uma concordância frente o estado atual.

“Preto(o)” e “Negro(a)” não é ofensa!

 

vjppp

Andreone T. Medrado
Devaneios Filosóficos

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NOTA: Crédito da imagem usada para compor a capa dessa publicação: aqui.