A vida é um pensamento solto.
Ou, ao menos, eu quero poder soltá-lo para dela me soltar.

* * *

O dia havia começado frio e com vento. Estava muito difícil levantar da cama.
Agora estou na dúvida; que fazia frio não me é a questão; mas estava muito difícil levantar porque fazia frio lá fora ou porque o frio de verdade estava frio aqui dentro, onde quase ninguém vê, quase ninguém nota e quase ninguém sente?
Eu bem sei que, sim, fazia frio – daqueles quase paralisantes -, e de fato não acho que era exatamente lá fora.

Um sistema coercitivo, que opera no barulho, mas que também age no silêncio, dirige nossas atividades para ter de fazer coisas para poder viver; inevitavelmente fui lá e fiz algumas tarefas, assim como deixei de fazer outras [aquelas que realmente seriam por prazer, mesmo um prazer raro].

Segui sentindo aquele frio mesmo usando uma camiseta, uma blusa azul coberta pela amarela e batida jaqueta de sempre, e a diária calça jeans; e a casa com todas as janelas fechadas. O frio era aquele mesmo.

Um frio que se confundia com o do lá fora; um frio que ventava e assobiava; os assobios talvez fossem uma linguagem; talvez me dissessem algo, quisera quiçá me informar sobre aquilo, como se suas agudas notas dissessem sobre aquele 2019 jamais enterrado, e talvez seus tons graves que tremiam as janelas me recitassem os sete poemas escritos nos picos dos sentimentos inauditos e das palavras não lidas. Mas, em todo caso, aqueles assobios eu não entendia direito. Talvez sim? Mas e se talvez não?

Eu não diria exatamente que não queria estar escrevendo isso aqui, pois fato é que nem aqui eu queria estar. Mas digo certamente que não queria ter de escrever para ver se a vontade passa. Vontade de quê? Bem… aquela vontade que nunca me deixa à vontade.

Pensei em que nomes usar para me referir a mim, pensei se escolhia esse, ou aquele, essa ou aquela, essu, ou aquelu. Nenhum me cabia; ou eu que não cabia em nenhum. Pensei em cem nomes, mas fiquei sem nome algum. Tanto faz. Você pode anular e pular isso se quiser; meu nome, de que importa? Se um dia existi, hoje nem acho que existo mais.

Olhei pela janela pequena, aquela atrás porta cinza do suposto escritório. Vi um dia que coincidentemente me lembrava muito aquela porta: um dia cinza, duro, fechado. Fechado.

Quem sou eu, senão aquela porta? Quem sou eu para além daquele dia? Que pessoa sou eu que não me sinto para além dos deveres e das complicações? Queria apenas estar mais em mim; mas eu me perdi em algum lugar que não me lembro de modo algum qual era. A amnésia de uma memória potente é algo dilacerante como um silêncio que de tão profundo causa terríveis sonidos na mente.

Quem é essa criatura que há trinta e seis anos caminha sobre pregos espaçados? Quem é essa pessoa multifacetada que escreve para dizer que nem existe mais? Por que dizer tantas coisas que não serão lidas, e se lidas serão descartadas? Porque nossa espécie registra tudo que consegue mas jamais conseguirá registrar aquilo que de fato ela é? Cansa viver para provar que se está em vida. Cansa ter de ser outras coisas para poder ser você mesme; cansa ter que deixar de existir para seguir existindo.

É exaustivo ter de ser aquilo que o Cistema não quer assumir por aceito; o preto no branco não é assim prático; pelo contrário, essa combinação é violentamente rejeitada. E cansa ser dessa cor – preta – numa nação cuja brancura se propõe e se afirma como a única forma de existir com direitos. Eu nunca existi, sempre tive que [re]sistir para ter o mínimo. E isso me desmanchou ao ponto de eu me cansar de ser. Só quero parar.

Olhei no espelho da sala, aquele com duas pirâmides e um dado; eu não tive coragem de contar a ninguém em voz alta o que silenciosamente explodia na minha cabeça havia tempos. Deixo, então, aqui, minhas palavras para que as leiam, deixo meus termos para que os vejam, ou para que os ignorem – mesmo sabendo que não mudará nada em sua vida.

Deixo o meu silêncio para que ouçam. Pois não aguento mais gritar no vácuo; não aguento mais chorar ácidos em vez de lágrimas; não suporto mais o peso da vida. Ao contrário do que sempre me dizem, eu não queria querer. Quero parar de querer. O querer me pesa demais. Não dou conta. Foi assim ontem, anteontem, e antes do antes; e nada há aqui que me convença que deixará de ser amanhã. O dragão sempre volta a cuspir fogo e a flamejar seu desejo por destruição. Ou, como penso mais fortemente nos últimos meses, ele quer que eu fique em paz de vez. É o dragão no peito de Eliseu.

A vida é um pensamento solto. Quero deixar de pensar.

Não quero mais ter de atravessar um rio cujo outro lado não é onde quero chegar.

Estudos e mais estudos. Textos. Palavras. Falas. Vídeos. Artigos. Escritos. Opiniões. Conteúdos. Palestras. Produção. Produção. Produção.

Cada coisa que faço me distancia do que posso ser ao memso momento que me aproxima de um alguém estranho e engessado. Não quero mais.

Todos os meus medos são grandes e me doem. Tenho, sim, os meus medos, que para mim são os maiores de todos, pois são os que eu sinto e os que eu acho que conheço melhor. Aquela dor que dói no peito de cada pessoa costuma ser a dor mais difícil de suportar, pois é a que ela tem.

Aprendi duas coisas importantes. A primeira é que somos seres compostos por afetos, é a primeira formação da nossa mente, o afeto, que nos construirá enquanto seres afetivos. A segunda coisa é que não sei mais como amar. Até entendo suas dinâmicas, entendo suas preposições, seus verbos e sua gramática essencial, mas não sei mais escrever. Todas as cartas que escrevi foram rasgadas, molhadas ou queimadas. Será que escrevi tudo errado e ninguém entendeu? Ou sequer eu escrevi algo entendível? Acho que não sei mais escrever. Acho que não sei mais amar.

Algumas pessoas até fingiram saber ler. Sorriam e brilhavam os olhos nas primeiras linhas, até cheiraram o papel e disseram que era lindo. Mas enjoaram. E bastou enjoar para jogar a carta sobre a pia molhada; a água misturou as letras ao desmanchar a tinta. Meu amor não foi amado; e acabei aprendendo que nunca o seria. Foi trágico ver que escrever nas linhas da existência, falando, cuidando, servindo, apoiando, era o jeito que eu sabia ser, amar, e que amava verdadeiramente, mas que não servia ser assim – era pouco. Precisa de algo mais. Precisa ser escrito num papel branco, mas o meu é preto. Só é atraente enquanto é novidade. Nem as melhores palavras, nem a mais bem arranjada semântica e nem os mais precisos conectivos e trocadilhos davam graça aquele papel que seria amassado e cuspido.

Até houve quem olhasse para o papel e o desejasse, houve quem elogiasse a letra e a poética, quem dissesse que queria mesmo ler a carta cada vez mais e mais. Porém, infelizmente eu não sabia como acreditar. Esqueci como acreditar no amor de quem . Esqueci até mesmo o gosto da escrita. Não conseguia acreditar que aquele papel preto teria lugar em alguma escrivaninha, em alguma caixinha de cartas especiais. Eu adoeci meu afeto por não conseguir acreditar que meu amor seria amado. É como aquela pele que não cicatriza mais. Eu esqueci como ser.

Hoje o dia também está frio. A dor no peito voltou a aparecer.
Minha pele afetiva ressecou; está rachada, sangrando um sangue frio; quero parar.

Tentei de tantas maneiras não ser assim desanimade, mas nem sei onde começa nem onde termina a dor de ser eu todos os dias. Não me repetirei em palavras aquilo que meus 296 textos escritos nesse Blog tentaram contar. Os outros 17 rascunhos nunca deixarão de sê-lo; tem coisas que não se finalizam, pois são em si um fim.

Cansei de ser presente. Cansei de ser inteligente. Cansei de ser amigue. Cansei de ser. Cansei porque sou isso, mas isso me pesa. Não tenho mais tempo de olhar para minhas plantas com calma; não tenho paz para ler meus livros à noite; não tenho mais aquele direito de apenas existir. Os acontecimentos me roubaram o foco e a disposição; não sei mais como ser. E sinto que nem quero mais.

No tic-tac do relógio apressado eu preciso entregar, corrigir, revisar, produzir. Preciso aguentar o mal humor das palavras que corrigem minhas ideias em texto; parece que sente prazer em destratar cada frase que contraria a Academia. São pessoas tão vazias e tão mortas quanto eu; mas que buscam sua vida na dor alheia. Não quero isso, não. Títulos nunca me deram paz, muito pelo contrário.

Não me enquadro.
Não me agrado assim como não me agradam.
Não confio.
Não sei confiar.

Não sei se amo, e não consigo saber se o amor que me oferecem é verdadeiro. Tantos foram assim, “reais”, “sinceros” e “leais”; mas só duraram o tempo exato do tédio – quando passou o tédio, o amor se dissipou como o vapor que escapa da boca em dias muito frios. Na incapacidade de agir com sinceridade, fingem que a relação é incrível e maravilhosa, só para reter um analgésico de suas dependências emocionais. Fui esse analgésico, e sinto tomei de mim mesme. Não me sinto mais sentindo.

Gosto dos momentos de silêncio. Gosto dos momentos sozinhe. Aqueles quarenta minutos caminhando da minha casa até a estação de trem são meus momentos mais meus, mesmo que eles existam porque preciso ser para os outros. Gosto do meu sofá coberto por um manto rosa; sinto um aconchego quando me sento ali, na sala iluminada pelos LEDs que comprei com ela quando ela sentia mentia um amor uma paixão de pandemia. Estar ali, seja na caminhada seja no sofá, era estar olhando para o vazio que me preenche me faz pensar. E eu sabia que era melhor poder pensar e refletir meus pensamentos, mesmo os pensamentos mais tristes, mais frios e mais dolorosos… sim, isso era melhor que seguir a correnteza de uma vida que eu não queria.

Nesses momentos na sala, eu pensei sobre o que eu faria. Refleti.

À luz amarela por trás de cada prateleira de livro me veio um filme na mente; me lembrei de tudo que fiz até ali. Lembrei-me do tanto de gente que já encontrei, dos caminhos que já cruzei, das conversas que já tive, das bocas que beijei, dos corpos que docemente mordi. Mas também me lembrei de uma frase no livro de Primo Levi, e aprendi que se vive “até que um dia dizer amanhã não terá sentido algum”. Me lembrei de uma vida inteira que me fez e que hoje se desfaz.

Parece que a Casa 33 trocou o número. Resistiu tanto aos intempéries da vida que sustentou-se de pé até virar “Casa 36”. Naquele dia foi o sol ardente que impediu de apagar as luzes da casa. Mas hoje, em setembro de 2022, está um dia nublado, e talvez amanhã também. Poderá, assim, ser feito aquilo que o 14 de março não permitiu?

É um sentimento ambíguo esse que sinto, já disse dele aqui. Partir pensando em ficar; ficar, mas pensando em partir. Também eu falei disso lá em 2019, só que nunca publiquei o texto chamado Estar no Depois. Achei até que ele nunca precisaria ser publicado enquanto algo que ainda fizesse sentido. Mas hoje, em setembro de 2022, aquele texto não perdeu nada do seu teor. Por isso coloco ele aqui, dessa vez para que leiam.

Estar do Depois

Hoje [15/11/2019], pela manhã, recebi uma visita. Era o desejo de não-estar. Com ele veio também um plano; um plano de não ter planos. Às vezes, e na maioria das vezes, eu penso nessas coisas como uma possibilidade de estar em paz. Mentira minha para mim mesme. Não existe paz aonde nada pode existir. Mas, ao mesmo tempo, quando penso em uma vida inteira que pode ser daqui para frente, penso também se estarei bem. Geralmente, e agora, por exemplo, não tenho interesse algum nesse futuro. O que sinto é uma indiferença fria. Fria, porém paradoxal por si e em si mesma. Se é indiferente, como então ela poderia me causar incômodos?

Obviamente que nunca saberei com precisão se estarei bem no segundo que segue o instante atual. Como eu poderia dizer com precisão que o futuro seria bom o ruim? Não! Eu não poderia mesmo! No máximo, faria previsões apressadas das quais algumas delas acumulariam uma maior probabilidade de eu acertar o vaticínio. Quando do acerto, parece como se eu fosse, às vezes, um bom arauto de minha própria vida. Ainda assim, são apenas probabilidades, nas quais pode acontecer o 99% e o 1%, já que ambos existem e coexistem enquanto possibilidades. E nesse jogo de probabilidades, seja qual for o grau delas, eu não consigo enxergar uma razão interessante de querer que as coisas se prolonguem – ou que ao menos sejam.

Quando olho somente para o aqui e o agora e penso somente no exato momento, até que às vezes consigo achar as coisas legais – ou, melhor dizendo, interessantes. Talvez porque nos momentos em que faço isso estou sozinhe, lendo um livro, escrevendo um texto, olhando para a teia da aranha, para a trilha das formigas, para os novos brotos de tinhorão ou conversando com uma pessoa muito especial. Mas não posso fazer isso para sempre; a vida me impede e impede a quem quer que deseje fazer isso. Existe todo um movimento de fazeres e afazeres e um extenso porvir que nunca cessa. Quão bom seria não precisar pensar no amanhã e poder viver somente o que me agrada, sem pensar na possibilidade da fome, da falta de abrigo e da privação do direito de ser e de estar, na cor, no gênero, na sexualidade.

Planejar é algo de que ninguém, ninguém em “sanidade mental”, escapa. Mas ainda há os humanos tolos e ingênuos que insistem em se enganar pensando que é possível estar concentrado no presente e esquecer o que veio antes e o que virá depois. Como são tolas essas pessoas! Quase que são desprezíveis. Pergunto-me se elas fazem isso e pensam essas coisas porque querem, ou se essa é a única maneira que encontraram – ainda que nem percebam – de viver a vida, uma vida medíocre, pautada na abstenção pela sensação. Será mesmo que elas fingem habitar exclusivamente o presente só para que não percebam as angústias da vida, e não as percebendo também não pensem coisas proibidas e não sofram o ato de se questionarem? Penso que seja impossível não estar no presente o tempo todo. Seria preciso ter ausência completa de memória para não saber nem que um dia houve algo nem que um dia algo poderá haver, ainda assim, o passado se pensa no presente. Seria necessário que a própria noção de si fosse apagada e que tudo que se sabe existir e tudo aquilo que supõe poder acontecer também não exista. Ou seja, você precisaria, de uma forma ou de outra, não existir. Mas mesmo quando você não existir, será convertido em passado para que fica.

O dia parece tão sutil agora. Tão calmo e tão indiferente que poderia ficar assim sempre: cinza, frio e com o som de chuva lá fora. Mas amanhã virá o sol que queimará as folhas e fustigará os desejos.

A única coisa que eu queria agora é não pensar nessas coisas da mente, da vida e da humanidade; mas é difícil. Hoje mesmo li um pouco de Lévi-Strauss, gostei da ideia de “Natureza e Cultura” e sobre “O problema do incesto” que ele escreveu lá em 1949; seus argumentos são bem interessantes mesmo. Para o primeiro, achei atraente e sedutor – biólogues geralmente gostam disso; enquanto que, para o segundo, pareceu-me “estranho” e prepotente, para não dizer branco demais, em algumas partes – universalizar os conceitos e achados é sempre um risco. Mas quem nunca fez uma estupidez?

*  *  *

À parte fugas e digressões, continuo achando que perdi a sensibilidade de saber – ou de querer saber – o que é estar no “depois”. Aquela visita que recebi hoje cedo, ainda na cama, não foi capaz de me impedir de fazer as coisas. Geralmente ela nunca me impede. Nunca me senti incapaz de fazer as coisas; mas apenas as faço. Contudo, a questão está na apatia frente o que vem, e sempre vem. Pessoas “especialistas” ingênuas e apressadas dirão que é ansiedade. Mas como explicar-lhes que não é isso? Me custariam muitas palavras, pois convencer pessoas viciadas em DSMs e em Psicanálise é um esforço absurdo; e eu tenho preguiça só de pensar uma explicação mínima. São verdadeiros Alienistas machadianos. Sem dizer que elas esqueceram como se ouve e principalmente como se escuta alguém, apenas aprenderam a criar caixas e a cambiar pessoas de uma caixa para a outra – e fazem isso com muita destreza -, geralmente  o ser encaixotado permanece naquela caixa que apresenta um menor volume não preenchido. É, então, taxado, chipado, classificado. Jamais ouvido e escutado. E quem convence esse povo do contrário?

*  *  *

Voltando parcialmente para o 2022, só queria dizer que tomei a decisão que protelei por tanto tempo. Poderia ter evitado tantas coisas, tantas frustrações e tantas decepções, mas não fiz isso. Por um lado, ainda bem. Pois também teria evitado tanta coisa incrível que vivenciei nesses intervalo que me permiti.

Apesar disso, não consegui encontrar o sentido no viver. Não consegui encontrar a vontade, não tive gana de seguir em frente. Não consigo acreditar que amanhã será um novo dia. Eu não consigo mais.

No 13 de março de 2020 eu escrevi uma coisa que não deixou de ser verdade:

O que fazer quando a vida parece uma coisa totalmente sem sentido? Inventa-se o sentido? Nada de inventar as coisas? Alega-se que não existe sentido e vive-se sem ele? Ou, como em alguns casos, “esquece-se” tudo totalmente?

Constantemente me pergunto aonde está o prazer nas e pelas coisas? Não sei essa resposta há um tempo. De fato, com certo grau de prazer, ainda que insuficiente para desejar permanecer em vida, considero que faço muitas coisas nessa vida, mesmo sendo uma “vida medíocre”, como ella me disse recentemente. E quando digo que faço muitas coisas é porque são muitas coisas mesmo; e isso não precisa ser visto por todes, como não o é. Tento ajudar quem precisa de ajuda, falar com que deseja conselhos e escutar quem tem algo a dizer; às vezes também ensino algo a alguém. Faço tudo isso com prontidão, atenção e carinho. Mas não quer dizer que por isso as coisas mexam comigo e me façam melhor, ou como preferem dizer, “feliz“. Elas simplesmente acontecem. Pronto.

A indiferença diante do viver é uma sensação estranha. Ao mesmo tempo que evita o sofrimento também evita a satisfação. E viver está bem assim: indiferente. Resta saber se ocorre a evitação do sofrimento, ou se seria algo como uma não-percepção ou um não-reconhecimento dele. Certo é que a única vontade que tenho é de cada vez mais abrir mão das coisas, das ideias e das pessoas; e sinto que tenho feito isso. Sabe do que já abri mão por ver que não tem sentido a [minha] existência? Tantas coisas!

*  *  *

A vida é um pensamento solto. Quero ir embora.
E se esse texto alcançou o agendamento de publicação e você o lê, talvez eu tenha ido!

A vida é um sopro!

Andreone Teles Medrado,
escrito em 17 de setembro de 2022.

ATUALIZAÇÃO A CONTRAGOSTO

Para o bem ou para o mal, o processo foi interrompido.
O cinza continua cinza, tal qual o frio segue frio e a dureza se mantém petrificada. Quiçá tudo ainda mais intenso que antes.
Mas, ainda que a contragosto, o sopro também continua soprando.

Por isso expliquei que a vida é um sopro.

[19 de setembro de 2022; 20:58]

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Andreone T. Medrado
Devaneios Filosóficos

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